Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tratamento das manifestações alérgicas é baseado na redução do contato com o alérgeno, medicação sintomática e imunoterapia adequada.
Ressaltamos a importância do médico no processo de formulação, planejamento e acompanhamento durante todo o tratamento, desde o diagnóstico até a sua conclusão.
Pensando em sua conveniência, elaboramos este documento que resume as principais informações a serem fornecidas aos pacientes.
DIAGNÓSTICO
Seu médico necessita do maior número de informações possíveis para estabelecer com precisão o diagnóstico e o conjunto de medidas terapêuticas recomendadas em seu caso. Fale de suas ocupações, moradia, da existência de animais domésticos, carpetes ou do agravamento dos sintomas à noite ou quando se efetua a limpeza da casa.
Atenção: Fatores emocionais atuam desencadeando ou agravando as crises, sem, contudo, ser a causa. Doenças alérgicas não são contagiosas. Em alguns casos, ocorre predisposição hereditária que determina a ocorrência de manifestações alérgicas em vários membros de uma mesma família.
MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA
Os medicamentos são um componente importante do seu tratamento. Eles permitem o controle dos sintomas durante as crises e devem ser administrados apenas nas doses preestabelecidas por seu médico.
Atenção: Não se automedique ou modifique o esquema de tratamento sem consultar seu médico. Não abuse dos medicamentos sintomáticos, pode ser perigoso para sua saúde.
TRATAMENTO CURATIVO
Diferentemente dos tratamentos unicamente farmacológicos, a imunoterapia com alérgenos modifica o curso natural da doença, impedindo sua evolução e prevenindo o desenvolvimento de novas manifestações.
Com o objetivo de deixá-lo clinicamente o mais assintomático possível, o período ideal de tratamento é de 3 a 5 anos. Contudo, a alta médica é individualizada de acordo com a resposta imunológica de cada indivíduo. Em crianças, os resultados são ainda melhores, pois a atuação da imunoterapia inicia-se antes do agravamento da manifestação. Geralmente são percebidas melhoras significativas a partir de 3 a 6 meses de imunoterapia.
Atenção: Não interrompa o tratamento sem ordem expressa de seu médico ou em função de reações locais, pequenos resfriados ou febre. A falta de sintomas não indica o término do tratamento.
EVITANDO ALÉRGENOS E IRRITANTES
No interior das residências, escritórios, cinemas, teatros e etc. são encontrados os principais responsáveis pela origem das doenças alérgicas.
Apesar de diferentes entre si, o interior dos ambientes abriga uma série de substâncias em comum como, por exemplo: poeira, mofos, ácaros, restos de baratas, cupins, mosquitos, pelos de cão, gato, etc. – os chamados alérgenos, principais substâncias causadoras das manifestações alérgicas.
Nestes ambientes também são encontradas substâncias como: materiais de conservação, higiene, limpeza e manutenção – a maioria com odores que desencadeiam e mantêm as crises. São também responsáveis pelos processos inflamatórios e possibilitam a ação dos alérgenos em menores quantidades.
Atenção: Devido à sua ação residual, os irritantes provocam manifestações alérgicas mesmo depois do desaparecimento de seu cheiro.
CONTROLE DE AMBIENTE
Para que o tratamento tenha êxito é fundamental seu empenho máximo no cuidado com o controle ambiental. Ele consiste em um conjunto de medidas importantes que devem ser colocadas em prática desde o início do tratamento e mantidas como hábito por toda a vida. É preciso minimizar o contato com as substâncias que causam (alérgenos), desencadeiam e mantém as crises (irritantes).
Atenção: A sensibilização inicia-se na infância, agravando-se com o passar dos anos. Discretos sintomas podem tornar-se modera-dos a graves. É importante tomar medidas preventivas em relação a seus filhos.
MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL
»» Recobrir colchões, travesseiros e almofadas com material impermeável (couro, courvin, napa, etc.) em envoltório completo sem respirador ou zíper;
»» Evitar travesseiros de pena. Substitua-os por espuma;
»» Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas no quarto de dormir. Prefira pisos laváveis e persianas de material de fácil limpeza;
»» Utilize pano úmido antes de usar o aspirador de pó. Evitar o uso de vassouras e espanadores;
»» Não utilizar desinfetantes e produtos de limpeza com odor forte. Substitua-os por sabão em pó ou pasta na limpeza de banheiros e cozinhas;
»» Não posicionar camas e berços lateralmente, junto à parede;
»» Combater mofo e umidade, principalmente no quarto de dormir, mantendo o ambiente iluminado e se necessário utilizar vinagre para limpeza de áreas mofadas;
»» Evitar manuseio de objetos e roupas mofadas ou empoeiradas;
»» Evitar animais de pelúcia, estantes de livros e brinquedos no quarto;
»» Evitar animais de pelo em casa, principalmente no quarto de dormir;
»» Evitar sachet ou spray com perfume no quarto de dormir;
»» Não usar inseticidas em spray ou massa;
»» Evitar plantas em vasos ou xaxim dentro de casa;
»» Limpar filtros de ar condicionado e pás dos ventiladores, mesmo sem uso;
»» Não permanecer em casa durante a limpeza;
»» Evitar ambientes recém pintados, encerados ou enfumaçados, re-sidências fechadas há longo tempo, bibliotecas, sótãos, porões, adegas, cocheiras, galinheiros, etc.
MEDIDAS DE CONTROLE PESSOAL
»» Não fumar e não permitir que fumem em sua casa ou próximo a você;
»» Evitar banhos frios, pois não o condicionam às mudanças de temperatura;
»» Usar sabonetes neutros, desodorantes e xampus sem perfume;
»» Evitar maquiagem em pó. Preferi-las sob a forma de creme;
»» Lavar e/ou arejar roupas não usadas com freqüência;
»» Enxaguar a roupa de cama até deixá-la sem resíduo de sabão;
»» Não utilizar amaciantes de roupa;
»» Evitar incensos e produtos para odorização de ambientes;
»» Não usar cobertores de lã ou chenile. Substitui-los por acrílico, algodão, toalhas ou colchas sem pelos (laváveis em máquina);
»» Não usar agasalhos de lã;
»» Lavar em máquina agasalhos e cobertores antes do início do inverno;
»» Evitar odores ativos tais como: perfumes, talco, sabonete, ceras, com-bustíveis, fumaças, formol, amônia, éter, tintas, colas, etc;
»» Evitar contato com pó de arroz, giz, serragem e caliça (material de obra);
»» Estender os cuidados às pessoas que tenham que dormir no mesmo quarto;
»» Evitar repelentes. Substitua-os por loção repelente sem cheiro;
»» Higienizar narinas várias vezes ao dia com soro fisiológico 0,9%.
CONTROLE ALIMENTAR:
Siga apenas as recomendações do seu médico. Não retire alimentos da dieta de seu filho por conta própria. É triste ver uma criança privada de sorvete ou chocolate em função de diagnósticos equivocados.
EXERCÍCIOS E FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA:
A prática de exercícios quando bem recomendada auxilia na evolução do tratamento. Atenção: A Fisioterapia Respiratória quando indicada conduz, através da reeducação respiratória, a reintegração do pacientes à suas atividades físicas, sociais e laborais.
IMPORTANTE:
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